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PELOS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO, TRÂNSITO É VIDA!


Jose de Souza2

Asbead3


Na obra “500 anos de trânsito no Brasil”, a escritora e professora Juciara Rodrigues alerta sobre o direito de ir, vir e estar, de ocupar o espaço público e conviver socialmente nele, percebidos como princípios fundamentais para se compreender a dimensão do significado expresso na palavra trânsito, considerando-o como parte de um processo histórico-social que envolve, principalmente, as relações estabelecidas entre pessoas e espaço, e as relações das pessoas entre si. Passados vinte e três anos da reflexão apresentada nesta obra, a pertinência do assunto permanece latente nos dias atuais, tendo em vista o volume excessivo de sinistralidade no trânsito, sua consequência social mais perversa – perda de vidas humanas – e a constante desorganização do espaço público urbano e rural que, em determinados momentos, se transforma em campo de batalha entre pessoas e máquinas, e de pessoas entre si. Com efeito, variados são os caminhos no trânsito apontados para se intervir nos resultados negativos causados, minimizar e, até mesmo, os eliminar. É consenso, na visão técnica e acadêmica, que a resposta adequada tem caráter multidisciplinar, passando pelo ajuste de postura de políticas públicas, gestão e planejamento, articulados com as áreas técnicas e científicas da engenharia, educação, dentre outras. Recorrendo, entretanto, às palavras do autor Eduardo Vasconcelos, na obra “O que é trânsito”, deparamos com a conceituação de que o trânsito é, sobretudo, uma questão social e política diretamente ligada às características da nossa sociedade. Nesse contexto, fundamental se faz compreender que a “educação” é a chave mestra para se transformar a realidade social – em todos os seus aspectos – do trânsito, seja ele no Brasil ou no mundo. Não obstante, percebe-se também que, dentre os principais obstáculos apresentados para a concreta ação educativa no trânsito, está a “forma - modelo” adotado ao longo de nossa história, qual seja: tratando a educação como ações, projetos, campanhas eventuais, que são fundamentais como complemento no processo ensinoaprendizagem, mas não substitutas deste. A educação precisa ser permanente, contínua, estruturada, transversal. Portanto, as pessoas mudam sua vida quando têm acesso à educação de qualidade. Não seria diferente no trânsito.





2 Associação Brasileira das Entidades de Ensino a Distância de Trânsito e Transporte – ASBEAD – Contato: j.leles@uol.com.br




3 Associação Brasileira das Entidades de Ensino a Distância de Trânsito e Transporte – ASBEAD – Contato: j.leles@uol.com.br

Rev.Escola DetranRS, Porto Alegre, v.3, n.1, p.11-12maio/set.2023

https://revistaescola.detran.rs.gov.br/index.php/escola/article/view/160/35

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